A Série de Grandi, desenvolvida pelo filósofo e matemático
italiano Guido Grandi no século 18, consiste em uma série infinita na qual o
número “1” é subtraído e adicionado sucessivamente (1 − 1 + 1 − 1 + 1 · · ·). É
uma série divergente, o que implica que não possui um valor de soma no sentido
usual da mesma.
No entanto, apesar de essa história de somar e subtrair o número 1
repetidamente e até o infinito parecer algo simples — e de a resposta dar a
impressão de ser bem óbvia —, existem três soluções diferentes para esse
problema, dependendo das regrinhas que você adotar para encarar o desafio.
Conforme você pode ver, a série consiste em calcular 1 – 1 + 1 – 1
+ 1 – 1 + 1 – 1..., infinitamente.
Contudo, se adicionarmos parênteses à série — (1 – 1) + (1 – 1) +
(1 – 1) + (1 – 1)... — o resultado será igual a zero. Por outro lado, ao
adicionarmos os parênteses de uma maneira um pouquinho diferente e somarmos os
seus conteúdos — 1 + (– 1 + 1) + (– 1 + 1) + (– 1 + 1) + (– 1... —, então a
resposta será igual a 1.
Porém, existe ainda uma terceira resposta, que é a mais
surpreendente: digamos que o resultado do cálculo da série infinita seja um
número representado pela letra “S”. Assim, que tal fazermos a conta 1 – S, que
significa o mesmo que 1 – o resultado da conta infinita? Escrevendo o cálculo,
ele ficaria desta forma: 1 – S = 1 – (1 – 1 + 1 – 1 + 1 – 1 + 1 – 1...).
Contudo, se eliminarmos os parênteses, o sinal de subtração faz
com que todos os sinais sejam invertidos, então a conta passa a ser: 1 – S = 1
– (1 – 1 + 1 – 1 + 1 – 1 + 1 – 1...) = 1 – 1 + 1 – 1 + 1 –..., que é exatamente
igual à série infinita de Grandi, ou seja, igual a S de novo. No entanto,
reescrevendo o cálculo temos que 1 – S = 1 – (1 – 1 + 1 – 1 + 1 – 1 + 1 – 1...)
= 1 – 1 + 1 – 1 + 1 –... = S, que é o mesmo que 2S = 1.
Ou seja, o resultado da soma e da subtração infinita do número 1,
de acordo com esta terceira solução é igual a ½! Surpreendente.
Post por: Maria Raquel
Martinez
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